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terça-feira, 27 de julho de 2010

O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA

       
            Acabei de ler o livro de Gabriel Garcia Marques. Escritor colombiano que já escreveu grandes e lindos livros. Posso dizer de três: Cem Anos de Solidão; o livro que reúne vários contos entitulado: Os Doze Contos Peregrinos e por fim, Memórias de Minhas Putas Tristes. Todos são de uma beleza ímpar. Tanto que, o primeiro livro para mim é o melhor que já lí.

          Uma característica de Marques, que pelo menos observei entre estes lidos; é que seus personagens e suas histórias, além de ter um toque latino, são simples e cotidianos. O calor, o suor, o mar, a secura da terra e da vida, tanto quanto o florescer dela, o estrondo de uma chuvarada, estão presentes em suas obras e acompanham o correr do tempo. Gabriel não tenta dar lições de aprendizado, apenas relata a vida como ela é. Estas características trazem personagens em seus momentos bons e ruins, e os acompanham sobremaneira até o fim de sua vida ou sua história. Isto, traz o leitor para a obra que passa a se ver bastante ligado com o livro e o trancorrer de seus personagens. Estas características enaltecem seus livros.

      
          A obra proposta hoje, foi pulbicada no ano em que nasci, 1985. O livro é um romance e se enquadra como realismo fantástico. Se passa no séc.XIX, e envolve, por assim dizer, um triângulo amoroso entre os personagens Fermina Daza, Florentino Ariza e o Dr.Urbino.


         
             De um modo geral, não gosto de contar histórias dos livros lidos, mesmo porquê perde o gosto da sua leitura, posto que você saberá toda a narrativa. Logo, Em poucas palavras tentarei explicitar o âmago da trama.
             
           Falar de "amor nos tempos do Cólera", como já explicita o tema, é falar de idas e vindas; momentos felizes para uns e tristes para outros. Mais precisamente, o amor incondicional de um homem por uma mulher, exatamente no período de cinquenta e um anos, nove meses e quatro dias. Florentino Ariza será este homem. O qual ultrapassará as barreiras dos anos, das fofocas e da velhice para alcançar a donzela, a dama coroada, a senhora escolhida. Ele passará por esse período como qualquer ser-humano passaria; pois Marques não deseja criar mártires, e nem emoldurá-los em uma redoma romântica, e assim é Florentino. Um homem um tanto apagado e tristonho no olhar de sua amada, mas personagem principal para Gabriel. Poeta sim,  mas não coroado. Amante dedicado, quase servil, contudo sem perder sua masculinidade, sua virilidade. Ela, indiferente sim, mas não incólume a ele.

 

3 comentários:

Thales Weber disse...

Nossa só de pensar esperar longos 50 antes pela pessoa amada. Hoje em dia isso não vale mas apena!

link letras de Musica Shakira cantando trilha do Filme Amor nos tempos de Cólera


http://letras.terra.com.br/shakira/35919/traducao.html

Jujuba disse...

Bonito texto, Jack. Não li o livro mas vi o filme, que é muito bom. Sou muito fã do Florentino Ariza por ele ter esperado mais de 50 anos por sua amada

Fernando Xavier II disse...

Quem te indicou "Cem anos de Solidão", hein, hein? Hu hu hu!